quarta-feira, 12 de maio de 2010

Meu maior medo


Se alguém me disser que sente medo, não irei rir. Sentir medo algo que considero muito sensato e completamente natural ao ser humano. E claro, tenho medos, muitos deles na verdade. Mas há um que não consigo simplesmente ignorar. O medo da solidão.
A solidão não é apenas o “estar sozinho” em algum lugar, ou em algum momento, mas também o “sentir-se” sozinho, estar com as pessoas com quem você mora, com quem você trabalha, e mesmo assim sentir como se não pudesse realmente contar com aquelas pessoas, como se fossem desconhecido. Muitas pessoas e você ainda está só.
O medo de que um dia seus amigos não possam mais te dar total atenção, pois encontraram pessoas especiais em suas vidas, que os fazem muito bem, que os fazem felizes. E o fato de estarem felizes, também te faz feliz, mas não te completa; o medo de que um dia você tenha que ir ver um filme, com um elenco magnífico, e não ter com quem comentar as melhores cenas; medo de crescer e com o tempo ser esquecida em sua própria casa, tendo apenas seus cães e gatos de companhia; medo de ter que se sentar sozinha a mesa de jantar... Medo de não ter ninguém para lhe abraçar ao fim de um dia de trabalho.
Mas não pense que faço de meus medos meus inimigos. Com eles ganho forças, transformo-os em motivação para nunca parar de procurar, nunca deixar de acreditar e principalmente, nunca deixa de sonhar. O fato de desistir, seria uma vitória para esse medo.
E para quem pensa em não levar nada a sério eu digo: do que adianta “ter” tantas pessoas, se na verdade não tem ninguém. No fim do dia, ou na manhã seguinte, você sempre acabará sozinho.